Vais acreditar
Que os que partem
Na volta são felizes
Um trabalho pela manhã
Faz o Homem pobre sorrir
Deste modo os loucos
Tomam conta de mim
Ricas noites sem ser
Partem em amar
Mentem
Sonham em deslizes
Não venha o amanhã
Fazer-te partir
Do teu mundo aos poucos
Sentem sem ouvir um sim
Viajam por conhecer
Sem saber regressar
Mórbidos não consentem
Iluminam (in)felizes
Cegam o amanhã
O ontem véspera de conseguir
Regressar às luzes aos socos
Encontrar-te num sim
Poucos a sobreviver
Moribundos da saudade
Na idade do amanhã
Batem sós
Na terra que os fez amar
Outrora juntos de nós
Do fado dos amantes
Nos cordéis da verdade
Entre os nós
Na terra que não os vai deixar
Trabalhar
Sentem-se a amar
O que os obriga a partir