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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Voltar às palavras

As palavras doem mais
Quando são de partida
O dia está morrendo
Isto não é nada

Chegamos até aqui
Rapidamente sem pensar
Contas-me ao ouvido
Porque tem tanta luz
Este dia tão sombrio

Quando partes
Rapidamente sem pensar
Conta-me ao ouvido
Porque não tem luz
Este dia tão quente

Este dia tão sombrio
Contas-me ao ouvido
O que a dor sente
Pedi que fosses embora
Sem tua doce loucura

As palavras doem mais
Quando são de partida
O dia está morrendo
Isto não é nada
Sem a tua doce loucura

domingo, 11 de outubro de 2009

Vontade de vitória de vencer

Pode ser que desta vez venha a ganhar
Rezarei que desta vez tenha mais sorte
Outra vez tropecei com vontade de vencer

Um poema, um segundo uma vitória
Inesperadamente um verso
Perversa ideia de vencer
Pede a Deus um perverso
Dom de glória

Vitória efémera até perder
Perda de vontade até ganhar
Parar com sede de vencer
Beber da verdade sem parar

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Sorriso que deslumbra o mundo no sonho

Sorriso que deslumbra o mundo
Negação em solidão
Na última oportunidade
Que deslumbra

Contemplar cortas fundo
Porto de coração
Dorme da liberdade
Que deslumbra

Percorre os mares voando
Com a palma na mão
Tempestade de verdade
Que deslumbra

Tropeça neste espaço profundo
Undoso em determinação
Contentamento de saudade
Que deslumbra

terça-feira, 14 de julho de 2009

Feio é especial

Se fosse mais bonito
Se fosse de revista
Fixas-te de frente
Sentes que me olhas

Fechas os olhos entre si
Fixo-me em ti
Fazes-te pequenita
Como se fosses de revista

Se fosse mais bonito
Se fosses mais vista
Se fosse mais listo
Olhas e suspiras

Foges com a lista
Fazes-te pequenita
Como se fosses de revista
Voltas a olhar

Trago teus olhos
Pago a olhar
Fazes-te pequenita
Despertas meu poder labial

Se fosse mais bonito
Se fosse de revista
Se fosse mais listo
Se fosse especial

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Estrela pigmeia

As montanhas são tão altas
E tão grandes os gigantes
Assusto-me e nem estremeço
Ao ver-me tão pequeno
E tão fácil de pisar
Medo não sinto

Vendo o negro e absurdo
Respeito e sigo por aqui
Grito-me aristo de terra
E a serra é tão alta
E tão grandes os gigantes
Que sendo tão pequenos

E tão fáceis de pisar
Reclamam de ninguém
Fazem do pior de mim
Tão pequenos são os gigantes
Tão grandes os pigmeus
Meus e teus

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Punho fechado de partilha


Acordo de punho fechado
Cheio de perguntas sem resposta
Desconheço a razão da injustiça
Acredito no erro falhado

Acordo de punho fechado
Acredito na certeza errada
Da verdade imposta
Da mentira composta

Acordo de punho fechado
Com o fascínio do destino
Um dia sem final
Numa certeza de erro

Acordo de punho fechado
Acredito na incerteza incerta
Certamente erro de certeza
Conduzem o destino
Escrito num céu surdo


Um absurdo olha forte
Como um estranho
Espiral de derrota
Só a memória parece igual
Certeza não importa

Acordo de punhos fechados
Cheio de perguntas sem resposta
Desconheço a razão da justiça
Acredito no erro casual dos falhados

Durmo de punho encerrado

sábado, 6 de junho de 2009

Para sempre

Um segundo para pensar
Um minuto para sonhar
Uma hora para acreditar
O resto da vida para amar

Para tuas mãos serem pétalas
De flores de lágrimas
Para que as lágrimas da saudade
Façam jardins de verdade

Para és defeito
Em direcção ao eternamente
Para proveito do realmente
Paracleto erva-da-muda

Paracronismo de conceito
Iniquidade sem ajuda
Com destino escrito no sempre
Pára sempre

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Desconhecida: Olhei sempre para ti indiferente

Por um sorriso teu
Toco o céu com a mão
Quanto mais velha é a vida
Mais perto estou de tudo perder
Liga a vencer mordendo a voz
Luta na vida sob condição
Perder tudo só a sós

Olhei sempre para ti diferente
Eras tão só uma desconhecida
E de repente és tudo para mim
Teu olhar contundente
Minha pena é teu valor
Sonhei com tua mão
Gigante em meu corpo sem pudor
Pequena no chão áspera em perdão
Lambido de ti amante
Figurante. Ditadora sem fim
Companheira aparecida
Amiga de sempre, companheira indulgente.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

O mistério de vencer

Quantos mais dias passam,
mais dias estou prestes a perder.
Gritar ao mudo, passear pelo ar
Caminhar sobre as ondas do mar.

Quantos mais dias passam,
mais dias estou prestes a perder.
Não creio que possa cair
o sentimento é mistério ao sair.

Quantos mais dias passam,
mais dias estou prestes a perder.
Porque sei que se vais sair
o coração vai partir para te ver.

Quantos mais dias passam,
mais dias estou prestes a perder.
Não sei causar pena pela minha condição
Não há pedra neste mundo que me volte a fazer cair.

Quantos mais dias passam,
mais dias estou prestes a perder.
Construir pedra por pedra, um mistério
que importa só a dois.

Quantos mais dias passam,
mais dias estou prestes a perder.
Voltarei numa manhã,
que decerto vai chegar.

Pensarei que somos grandes,
Que somos dois,
Que vivemos o mistério
que importa só a dois.

Quantos mais dias passam,
mais dias estou prestes a perder.
Mais vida estou para vencer,
mais amor sério vós sois.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Rosa expresso em tinta azul

Palavras que falam do céu
Outras do abismo
Não me faças calar
Palavras sinceras

As letras são vísceras
Contornam o verbo amar
Combatem o pessimismo
Tomam o ventre por véu

Não sabem distinguir beijos de chamas
Rostos de mentira por verdade
Não sei nada da sorte
Morte pelos sonhos

Mãos abertas
Coração de ansiedade
Doença de morte
Teus sonhos são medonhos

Mãos abertas
Não sabem distinguir beijos de chamas
As letras são vísceras
Palavras que falam do céu.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Há Lice

Alice é cheia de maravilhas.
Diz que te ama já tendo te deixado
é tão rápida que já terminou.

Alice expulsa o país das maravilhas.
Diz que te quer quando já te abandonou.
Seu pensamento é um achado.
Vende o que tu pensas.
Alice é tão rápida que ainda não começou.

domingo, 8 de março de 2009

Lua

Nua, nunca tinhas caído.
Lua minguante
contigo
as forças têm saído,
do sol crescente
que se apaga no lençol.

O rol dá lua minguante.
Oculta as nuvens,
até eu sair.
Enquanto fugir
não penso em correr .
Nesta ideal loucura,
iReal.

Lua cheia,
prometedora
Amante, traidora.

Lua Nova
escondes a chave
sova de sucesso,
desta brochura
deste excesso.

Lua.
Fácil,
culpar-te
a ti lua.
Da tua ignóbil loucura.
Nua,
não me preocupa,
a tua fase lua.
Apaga-te
Lua.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

COMtigo

Vou pedir a Deus tu aqui comigo.
Vou mandar flores ao jardim.
Lançar chama no fogo.
Lançar um barco ao mar,
para te encontrar.
Deitar água no rio.
Açúcar no doce.
Fio na cana.
Prazer na tua cama.
E agora estás quase aqui,
que o choro se faça fogo,
que as saídas sejam entradas,
que dos sonhos brancos,
se faça noites geladas de amor.
Que as sendas de paixão sejam pudor.
Doce.
Tenho-te aqui,
Comigo.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Acredita

Cada sombra do teu olhar,
cada silêncio da tua voz.
Cada beco teu, em meu pormenor.
Obrigar a estar sós, em teu redor

Não há montanha demasiado alta,
que eu não suba.
Não há vale demasiado profundo,
que eu não desça.

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Guarda, Região Centro, Portugal