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domingo, 20 de julho de 2008

O porquê do porque

Porque é que o porquê pergunta ao porque,
a razão do porque perguntar porquê?

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Ainda não sei voar

Se não for para me fazeres voar,
espero ser as penas do teu andar.
Se não for para me fazeres voar,
espero ser as tuas asas num luar.


Se não for para me fazeres voar,
não me levantes os pés do chão.
Se for para me fazeres voar,
Quero-te no meu coração.

Se não me levantares os pés do chão.
espero que saibas sonhar.
Se sonhares em me empurrar,
saberás como me podes magoar.


Dei por ti ausente,
conheço a tua presença.
Sabes da minha ausência.
Deste conta da minha presença noutro lugar.


Se me empurrares para um precipício,
não me importo com isso,
eu adoro voar.
Sei que também sonhas mudar.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Guarda a cidade

Nós já vivemos mais de oitocentos anos
Talvez tu gostes de exagerar
Num mundo só teu
Dá cabo dos teus enganos
Não queiras ser quem tu não és, deixa-me chegar
És água, chuva, sol e luar

Vou inventar contigo o que não vivi
Fizeste gestos dignos de copiar
Todos eles eu sei de cor
O foral do teu olhar
Gesto que faz dele teu
O teu gesto que eu não vi em ti
Saber que em si é odor

Tu vens do nada, arrasas-te o que não quiseste
Em nome de uma estrada para seres feliz
Abris-te valas, feridas, casas sem adormecer
Fizeste uma cidade, roubada, comprada, seja como for
Solta a dor, mas solta. Faz o eterno que há em ti
Desta vez, foi de vez. Foi por um triz
Sempre fiz tudo o que contigo
Não consigo

Sei que mesmo assim
O pintor entrega o seu cinzel
Para desenhar uma história
O escultor inventa um pincel
Para pintar uma vitória
O pensador trabalha e rasga o sonho
É fantasia de vida sombria
Entre o ócio e a estrada
Estás numa esguia encruzilhada
Talvez o passado seja história
O futuro um retrato
Simples e barato.

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Guarda, Região Centro, Portugal