Hospedagem
AnjosDGuarda

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Efebo fumo brando

Roubar as letras,
comprar palavras,
desdenhar frases.
Beber dizeres.
Fumar,
em lugar proibido.
Puzzle de vida,
Lei de descuido.
Musica de vara.
O verdadeiro sabor é o que está para lá dele.
Pele de verdade, verdadeira mentira forte.
Ide. Para lá dele não se progride.
Efebo beleza apolinea,
línea de formosura.
Frieza de gene,
fartura de fome.
Fiel em brandura.
Feio do antigamente.
Beleza do agora.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Neva na Guarda

Puro amor da minha terra,
para a tua neve prender.
És toda a minha serra,
Estrela do meu ser.

Toda a distância,
tem tudo ausência.
Enche o meu coração de alegria.
Tua força faz-me ânsia,
frio de sabor
arrelia do amor,
que me vais dar um dia.

Linda neve,
frio só não serve.
Raios de sol.
Rompem dias manhosos.
O tempo passa rápido,
as lágrimas brancas em rol .

A serra ilumina.
Amanhece o frio.
Teus raios rompem,
dia de nevoeiro.
Que esta serra
tem o brio,
de trazer em frio
soalheiro
calor este do teu amor.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Se tu existes

Os teus olhos são sinais.
São dizeres de solidão.
Teus olhares são passos,
em dia de paixão.

Quem me diz onde estás,
quem me diz para onde vamos.

O meu maior talento és tu
Paz do meu espiritu.
Santos.
Às.

Vezes.
A beleza do amor,
é dor
na saudade.

sábado, 25 de outubro de 2008

O belo é indiferente

O belo é indiferente*.
O belo é impossível.
Tudo só, é diferente,
impossível ficar crente.

A indiferença dói.
A diferença inveja.
Paixão sobeja,
vende e constrói.

A diferença pergunta ao tempo.
O tempo que a indiferença tem.
Tem o tempo a diferença
que não é de ninguém…


* Jean Cocteau “O belo é indiferente”

domingo, 19 de outubro de 2008

Guarda a guardar



Se quiseres fugir desse lugar,
Guarda tem vontade de te achar.
Podes me chamar, estou mais perto
do que podes pensar.
Tens medo de ganhar,
Certo, que a Guarda quer te guardar.
Quero ser teu anjo,
guardadora de meu beijo.
Teus lábios num olhar,
meio olhar um chamar.
Uma estrela dois destinos,
Um apertar de mão,
um tocar de dois sinos.
Um orientar,
teu incoerente sonhar.




domingo, 12 de outubro de 2008

Alguém te espera frio

Puro amor da minha terra,
para a tua rosa prender.
És toda a minha serra,
estrela do meu ser.

Toda a distância,
em tudo tem ausência.
Enche o meu coração de alegria.
Tua força faz-me acreditar,
que a falta que me fazes
vais compensar, pelo sabor
do amor, que me vais dar um dia.

Raios de sol, em rol.
Rompem dias de tempo chuvoso,
as distâncias fazem-se curtas.
O tempo passa rápido,
as lágrimas enxutas .
Transformam Frio em sol.

sábado, 20 de setembro de 2008

Guarda do amor frio

Como posso amar-te assim.
Eu que vivo para ti,
desde o meu sim,
desde o momento em que te vi.

Como te posso amar,
se o tempo se acaba.
Como te posso amar,
próximo de longe.
Uma angustia,
que nos leva ao fim.
Encontrar-te assim.

Não se morre de angustia
da tua despedida.
Não sei ao que venho,
mas sei ao que fui.

Tu não foste,
não me obrigues.
A um caminho,
do qual tu foges.

Como se o destino,
te deixasse escolher.
Como se te quisesse obrigar.
A ser perto dos que te vão escolher.

Não posso mais.
Insista. Não sei quem sou.
Sou dos que voam longe.
Sou especial na tua vista.

Mesmo que pressinto.
Morro por dentro.
Diz-me que me amas. Foge.
Jura. Sento. Eu, não minto.

Prende-me o olhar.
Não poderei viver sem ti.
A vida vai morrendo. A mar. ~
Não me peças a ser feliz.

Não renuncies a ser feliz,
mente. Jura.
Diz que me amas.
Jura que nunca vendes minha vista.


Algo especial. Natural.
Foi apenas um olhar.
Diz que me amas.
Não poderei viver sem ti.

Não me peças que minta.
O que tu queres. Sou eu.
Venda-me os olhos.
Não poderei viver sem ti.

Jura. Que não me fazes mal.
Pelo teu silencio.
Mal. Poderei viver sem ti.
Não chores por mim.
Levanta. Tudo passou tão rápido.
Um sinal, faz-me sentir.
Que não deves chorar por mim.
Sem ver-te partir.
Não sei esconder,
ver-te assim chegar.
O que me fazes sentir.
Deita. Não chores por mim.
Sem ouvir-te sofrer.
Diz-me que me amas,
não poderei viver sem ti.

Levanta. Um dia mais, e tu não estás aqui.
Não chores por mim.
Não peças que minta.
Aqui está a minha alma.
Na altura está o meu sonho.
Aqui está o meu sangue.
No nada está o meu tudo.
Vida de sortudo.
Morte de perdido.
Um desastre total.
Um mal. Diz-me que me amas,
Não poderei viver sem ti.
Não chores por mim.
Vive simplesmente assim…
Guarda. Levanta, senta e deita.

sábado, 13 de setembro de 2008

M’ai nada te pode querer como te quero

Nada te pode tocar,
em distância tentar fazer-te sorrir.
As estrelas insistem em te iluminar.
Pensar que existe uma realidade por descobrir.

O tempo e a distância,
não são tudo para mim
sempre que me empenho, vem a ânsia.
Não compreendo porque estás longe.

Posso morrer amanhã,
não te esquecerei.
A minha vida é a tua ida.

A sua história não é esquecida.
Nunca esquecerei o teu sorriso de manhã.
Tarde ao amor, como esquecer que te quero.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Longa levada da serra pequeno frio

Tu sabes bem quem sou.
Desde pequenino,
alguém que tu procuras.
Alguém que te procurou. Por fim te encontrou.
A vida não pode fugir da realidade. Ela te encontra.


O que alguém sonha
e tu sabes como te sonhou.
Alguém que te esquece do tempo
alguém que te põem nervoso,
quando o tempo são nervos.
Quando te esqueces dos tempos,
ladrão como exemplo
roubaria teu coração.
De forma exemplar cruzaria o mar
só para te abraçar.

Seguir uma direcção.
Tudo tem solução.
Em resposta ao coração,
nada é em vão.

sábado, 30 de agosto de 2008

Os estames dos carpelos

Coração que vai
Alma que fica
Teu pensamento compensa
Agora que dizes desejar-me
Regressa à felicidade que sinto
Ir para fora deste suspiro
Não resolve, mas aquece
Agora novamente me declaro em perda

Rumo a uma vitória perdedora
O tempo que passei contigo
Sempre é tempo curto
A vida é sol de sempre a tempo.

domingo, 3 de agosto de 2008

Combaro

Procuro um lugar,
onde amanhecer.
Procuro um lugar,
onde possa nascer.
Tocar o céu e continuar.
Procuro um luar,
para lembrar o rumo
de um sonho meu.

Um luar sonhado.
Um amanhecer desejado.

Um desejo teu.

A esta altura,
sentir o mundo.
Esta doçura,
em cada olhar,
pedir-te um gesto,
para me encontrar.

Olhar-te ao longe,
tocar-te ao perto.
Sentir um gesto,
para regressar,
ter sempre no fim,
a tua estrela,
para me guiar.


Ser daqui,
guardar um segredo,
a cor do mar.
Uma serra,
um altar.

Procuro um lugar,
onde amanhecer,
a tocar o céu.
Procuro um luar,
para lembrar o rumo,
da vida de um sonho meu.

Uma pedra,
sobre uma pedra.
Musgo sobre uma vida.
Sustêm o teu sustento,
sonhos de grande alimento.



domingo, 20 de julho de 2008

O porquê do porque

Porque é que o porquê pergunta ao porque,
a razão do porque perguntar porquê?

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Ainda não sei voar

Se não for para me fazeres voar,
espero ser as penas do teu andar.
Se não for para me fazeres voar,
espero ser as tuas asas num luar.


Se não for para me fazeres voar,
não me levantes os pés do chão.
Se for para me fazeres voar,
Quero-te no meu coração.

Se não me levantares os pés do chão.
espero que saibas sonhar.
Se sonhares em me empurrar,
saberás como me podes magoar.


Dei por ti ausente,
conheço a tua presença.
Sabes da minha ausência.
Deste conta da minha presença noutro lugar.


Se me empurrares para um precipício,
não me importo com isso,
eu adoro voar.
Sei que também sonhas mudar.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Guarda a cidade

Nós já vivemos mais de oitocentos anos
Talvez tu gostes de exagerar
Num mundo só teu
Dá cabo dos teus enganos
Não queiras ser quem tu não és, deixa-me chegar
És água, chuva, sol e luar

Vou inventar contigo o que não vivi
Fizeste gestos dignos de copiar
Todos eles eu sei de cor
O foral do teu olhar
Gesto que faz dele teu
O teu gesto que eu não vi em ti
Saber que em si é odor

Tu vens do nada, arrasas-te o que não quiseste
Em nome de uma estrada para seres feliz
Abris-te valas, feridas, casas sem adormecer
Fizeste uma cidade, roubada, comprada, seja como for
Solta a dor, mas solta. Faz o eterno que há em ti
Desta vez, foi de vez. Foi por um triz
Sempre fiz tudo o que contigo
Não consigo

Sei que mesmo assim
O pintor entrega o seu cinzel
Para desenhar uma história
O escultor inventa um pincel
Para pintar uma vitória
O pensador trabalha e rasga o sonho
É fantasia de vida sombria
Entre o ócio e a estrada
Estás numa esguia encruzilhada
Talvez o passado seja história
O futuro um retrato
Simples e barato.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Estrela sem neve

Mesmo que corras, e te escondas,
entre as montanhas da serra.
Ainda que corras e te escondas,
não podes escapar.
Serás estrela sem mar,
frio sem neve.
Leve sem frio,
calor sem amar.

Vês-te a ser apenas tu.
És assim.
Fría.
Sobes e baixas.
Mas um dia não terás fim.
Tudo vai bem mal.
Nunca te queixas.
Quando alguém diz.
Que se acabou.
Não te rebaixas.
Uma voz diz: vou.
Outra diz. Não.
E fica.
Outra diz fico.
Sou sal.
Se pensas em mim,
não te vou suplicar.
Mesmo que corras, e te escondas,
não vais escapar.

Mesmo que corras, e te escondas.
Não podes escapar.

Se te vais.
Poderás ficar a saber.
Não saberás demais.
Que um fim não se esquece.
Um principio não se lembra.
Um ínicio uma senda.


Não te importa,
Mesmo que corras, e te escondas.
Não podes escapar.
O leito do rio,
vais encontrar,
a encosta da serra
não te vai amar.

Como o frio,
Ama o vento.


Como a chuva,
ama a neve.
Mesmo que corras, e te escondas.
Não podes escapar.
As rochas não mentem,
O frio não aquece.
Neve e frio não sentem,
pessoas não mentem.


Mesmo que corras, e te escondas.
Não podes escapar.
O frio não te vai apagar,
as pedras não te vão encontar.
Mesmo que corras, e te escondas.
Não podes escapar. Serás estrela sem neve.
Branca sem brio.
Nevoeiro com frio.
Serás sempre o nosso brio.

O ruído desperta o futuro

Sou eu quem se vê a partir.
Não sei o que estará para vir.
Talvez eu possa mudar.
Talvez eu mude um olhar.

Quando penso que a minha vida desliza.
E a vontade de mudar me empurra.
A saudade de mim, me realiza.
Não sei…Não sei…

Quando o gelo me arrefece a alma,
a chuva me seca o coração.
Não sei.. Não sei, não.


Não sei. Assim como penso em ti.
Penso porque acredito no milagre.
Talvez me salve. Talvez seja um almocreve.
Não sei… talvez não…

Quando sinto que o futuro já passou
e que as noites param a meu lado
Talvez sim…Talvez não.
O ruído do silencio desperta.
E a dor de uma ausência acorda.
Penso em ti porque és fria,
sobrevivo por ti. Vivo surdo. Não falo.

Ignorância

O mal da ignorância é que vai adquirindo confiança à medida que se prolonga.
O mal da confiança é que acaba sempre em prolongada ignorância.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Palavras frias

Uma palavra não diz nada,
Ao mesmo tempo esconde tudo…
Um olhar não diz nada,
Ao mesmo tempo esconde tudo…
Um sorriso não diz nada,
Ao mesmo tempo,
Não consegue esconder tudo…
Como o vento, esconde a água,
Como as flores, escondem o ouro.
Como uma chuva na tua cara,
escondem o mapa de algum tesouro.

Como o sinal de tua face, ponto cardeal de sentimento.
Um poema não diz nada, apenas um lamento.

Falsa Felicidade*

A falsa felicidade é a imitação da vida.
A falsa felicidade é barata.
Compra-se em pacotinhos embrulhados em papéis brilhantes,
cheios de laços coloridos e etiquetas…
Quando acompanhada com cartões de visita que agravam a mentira,
Verdadeira de quem mente.
De quem não tem coragem de mentir na cara…


O circo da vida vende uma falsa felicidade.
Uma ilusão real.
A felicidade é alegria,
o prazer, o júbilo, o amor,
o antónimo de sentimentos de sofrimento, tristeza, dor.

Mas então como é que a alegria, não é felicidade?
Como é que prazer não é felicidade?
E…Como é que o amor é felicidade?
Se as palavras são diversos significados para felicidade.
Como é que os significantes, não são per si suficientes para representar o significador?
Não será a felicidade uma espécie de «saudade» do que nunca tivemos…
Mas pensamos ter… Como se pode perder o que nunca se teve?


* um tributo a uma amiga

A sabedoria da cidade da Guarda

O começo da sabedoria é encontrado na dúvida; duvidando começamos a questionar, e procurando podemos achar a verdade."
(Pierre Abelard)

Acerca de mim

A minha foto
Guarda, Região Centro, Portugal