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segunda-feira, 30 de junho de 2008

Estrela sem neve

Mesmo que corras, e te escondas,
entre as montanhas da serra.
Ainda que corras e te escondas,
não podes escapar.
Serás estrela sem mar,
frio sem neve.
Leve sem frio,
calor sem amar.

Vês-te a ser apenas tu.
És assim.
Fría.
Sobes e baixas.
Mas um dia não terás fim.
Tudo vai bem mal.
Nunca te queixas.
Quando alguém diz.
Que se acabou.
Não te rebaixas.
Uma voz diz: vou.
Outra diz. Não.
E fica.
Outra diz fico.
Sou sal.
Se pensas em mim,
não te vou suplicar.
Mesmo que corras, e te escondas,
não vais escapar.

Mesmo que corras, e te escondas.
Não podes escapar.

Se te vais.
Poderás ficar a saber.
Não saberás demais.
Que um fim não se esquece.
Um principio não se lembra.
Um ínicio uma senda.


Não te importa,
Mesmo que corras, e te escondas.
Não podes escapar.
O leito do rio,
vais encontrar,
a encosta da serra
não te vai amar.

Como o frio,
Ama o vento.


Como a chuva,
ama a neve.
Mesmo que corras, e te escondas.
Não podes escapar.
As rochas não mentem,
O frio não aquece.
Neve e frio não sentem,
pessoas não mentem.


Mesmo que corras, e te escondas.
Não podes escapar.
O frio não te vai apagar,
as pedras não te vão encontar.
Mesmo que corras, e te escondas.
Não podes escapar. Serás estrela sem neve.
Branca sem brio.
Nevoeiro com frio.
Serás sempre o nosso brio.

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